sexta-feira, 17 de abril de 2015

Ministério da Saúde inicia projeto para incentivar o parto normal

São Paulo
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    Ao propor mudança, o Ministério da Saúde busca reduzir as taxas de cesárea Ao propor mudança, o Ministério da Saúde busca reduzir as taxas de cesárea

Com o objetivo de reduzir a ocorrência de cesarianas desnecessárias, o Ministério da Saúde, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e o Hospital Israelita Albert Einstein anunciaram, na sexta-feira (27), os 28 hospitais selecionados para participar de projeto de incentivo a parto normal.

O grupo que fará parte do piloto reúne 23 instituições privadas e cinco do SUS (Sistema Único de Saúde). Em maio, os hospitais assinarão os termos de adesão ao projeto e darão início às atividades.
A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (Instituto de Melhoria da Assistência Médica, em livre tradução do inglês), busca identificar modelos inovadores de atenção ao parto, capazes de promover melhor qualidade do cuidado e a segurança da mulher e do bebê.
A estratégia de ação desenvolvida para os participantes do projeto envolve adequação de recursos humanos para a incorporação de equipe multiprofissional nos hospitais e maternidades; capacitação para ampliar a segurança na realização do parto normal; engajamento do corpo clínico, da equipe e das próprias gestantes; e revisão das práticas relacionadas ao atendimento das gestantes e bebês, desde o pré-natal até o pós-parto.
Três propostas de modelos assistenciais alternativos serão apresentadas aos participantes como ponto de partida. Elas foram construídas com base em evidências científicas e em experiências bem-sucedidas desenvolvidas por outras maternidades do país e serão aperfeiçoadas e personalizadas com os hospitais do projeto-piloto.
No primeiro modelo, o parto é realizado pelo plantonista do hospital. O segundo propõe que o parto seja feito pelo médico do pré-natal, com suporte da equipe multidisciplinar de plantão, que irá fazer o acompanhamento inicial da parturiente até a chegada do especialista. No terceiro modelo, o nascimento é assistido por um dos membros de uma equipe de profissionais, composta por três ou mais médicos e enfermeiras obstetras.

Além disso, estão previstas outras ações complementares, como adequações na estrutura da maternidade, estímulo à participação de acompanhantes, visitas guiadas ao hospital, cursos de gestantes e avaliação da experiência do cuidado no pós-parto pelas mulheres.
Ao propor uma mudança no modelo de atenção ao parto, o Ministério da Saúde e a ANS buscam reduzir as altas taxas de cesáreas verificadas no país –84% na saúde suplementar e 40% no sistema público–, promover o parto normal, qualificar os serviços de assistência no pré-parto, parto e pós-parto.
Em experiências pontuais já realizadas no Brasil, a aplicação da metodologia do Institute for Healthcare Improvement obteve resultados positivos: o percentual de partos normais mais do que dobrou, as admissões em UTI neonatal caíram e houve melhoria da remuneração dos profissionais que contribuíram para aumentar a eficiência dos serviços.
Hospitais privados que participarão do projeto
  • Centro Hospitalar Unimed Joinville
    Joinville (SC)
  • Hospital Moinhos de Vento
    Porto Alegre (RS)
  • Hospital da Mulher e Maternidade Nossa Senhora de Fátima
    Curitiba (PR)
  • Hospital da Luz Azevedo Macedo
    São Paulo (SP)
  • Hospital Sepaco
    São Paulo (SP)
  • Hospital Nipo Brasileiro
    São Paulo (SP)
  • Hospital Santa Helena
    São Paulo (SP)
  • Hospital São Lucas de Santos
    Santos (SP)
  • Hospital e Maternidade Brasil
    Santo André (SP)
  • Maternidade Sinhá Junqueira
    Ribeirão Preto (SP)
  • Casa de Saúde São José
    Rio de Janeiro (RJ)
  • Perinatal Barra Casa de Saúde Laranjeiras
    Rio de Janeiro (RJ)
  • Complexo Hospitalar de Niterói
    Niterói (RJ)
  • Hospital Daniel Lipp
    Duque de Caixas (RJ)
  • Hospital e Maternidade Santa Paula
    Pouso Alegre (MG)
  • Nova Lima Hospital Vila da Serra
    Nova Lima (MG)
  • Hospital Mater Dei
    Belo Horizonte (MG)
  • Hospital Dia e Maternidade Unimed
    Vitória (ES)
  • Vitoria Apart Hospital
    Serra (ES)
  • Maternidade do Povo
    Belém (PA)
  • Hospital Regional Unimed Fortaleza
    Fortaleza (CE)
  • Hospital Teresa de Lisieux
    Salvador (BA)
  • Fêmina Hospital Infantil e Maternidade
    Cuiabá (MT)
Fonte: Ministério da Saúde

Hospitais públicos que participarão do projeto
  • Hospital de Clínicas de Uberlândia
    Uberlândia (MG)
  • Hospital Agamenon Magalhães
    Recife (PE)
  • Hospital Cura D'Ars
    Fortaleza (CE)
  • Hospital da Mulher de Fortaleza
    Fortaleza (CE)
  • Hospital Samaritano
    Belém (BA)

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